segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Belas rosas

Toda bela precisa de alguém para preencher-lhe o ego.
Como ela saberá que é tão formosa se não receber olhares atônitos quando passa na rua,
Como ela saberá que é tão desejada se não for cortejada pelos mais nobres cavalheiros.
Uma bela moça é como uma flor, deve cuidar, regar, até mesmo mimar
Para que assim a flor floresça da maneira mais formosa possível.
Fazendo com que todos parem e apreciem seu botão desabrochando,
O perfume tomará conta do ambiente enfeitiçando a todos, assim como a bela moça.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Coisas de quem escreve

É coisa de todos os que escrevem
Certas vezes apenas parar e apreciar.
A chuva lava a minha janela,
Vejo as gotas escorrendo no vidro,
O forte barulho ofusca a musica.
Me sirvo de uma bela caneca de café,
Escreverei mais algumas linhas.
Gosto de olhar a chuva caindo
As vezes parece outra coisa
Como se o céu viesse abaixo também.
O cheiro da chuva invade meu quarto
Mesmo na cidade, o cheiro é bom.
O céu é de um cinza tão claro
Que a tarde ainda é iluminada
Mas dessa vez pelos raios
É mania minha essa coisa
Essa coisa de querer ser poeta
De ver a beleza nas coisas
Mas apenas para escrever
Não vejo tão claramente.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quarto de Espinhos

   Estou em uma caixa de espinhos, minha pele começa a acostumar-se com o ardor. Perdi a noção dos dias, pois não há janelas, apenas uma pequena porta de aço. É da fresta dessa porta que raramente recebo uma luz, mais raramente ainda a porta é aberta e um tipo de ração, ou pior, é jogado porta a dentro. Pelo menos é algo além de folhas para eu comer.
   O cômodo onde sobrevivo tem quatro paredes e um teto não muito alto. As paredes devem ter aproximadamente dois metro de comprimento cada. O quarto é completamente forrado de espinhos, cada milímetro do chão, das paredes, o teto e até mesmo a porta de aço, a qual só se revelava quando acendem a luz e quando por de baixo dela a luz se manifestava no cômodo.
   Nos primeiros dias a luz ficou constantemente acesa os espinhos furavam a minha pele lisa. Eu tentava arrancar os galhos de espinhos com as mãos para chegar ao chão, desisti quando havia removido três camadas de espinho, que revelaram ser muito firmes, e minhas mãos banhavam o lugar com sangue.
   Tentei entrar em contato com os espinhos o mínimo possível, mas não havia mínimo. Vez houve que o cansaço me vencera e eu que estava de pé caíra gentilmente sob os espinhos, fora difícil me levantar aquela primeira vez que me acontecera isso.
   Com o tempo comecei a acostumar-me com meu corpo sangrando, latejando, minhas mãos já calejaram e não sinto mais tanta dor quando os espinhos me furam. Contudo o sangue ainda jorra.. A dor de ter os espinhos perfurando-me constantemente é imensurável.
   As folhas que por vezes nascem daqueles galhos indesejáveis são amargas de uma amargura tão grande a ponto de fazer-me continuar sofrendo de fraqueza pela dor e pela fome do que come-las.

   Tão ruins são esses espinhos, houve também vez que fiquei muito tempo parada no mesmo lugar que o sangue parara de escorrer, os espinhos se prenderam com vivacidade a minha pele, senti como se eu fosse uma extensão daquele antro de dor. Talvez eu seja.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pensamentos no vagão

   Já não me restam sentimentos, me apego apenas a esse caderno no qual escrevo tentando recobrar os sentimentos que eu já expressei em paginas anteriores. Não tenho tanto o que falar, já que acabaram os sentimentos escreverei sobre o que vejo e o que observo.
   Vidas impacientes presas a uma algema que tem ponteiros e marca as horas. Alguns usam a própria algema, outros usam algo que aprisiona ainda mais, uma telinha que sai uma voz lhe cobrando algo, por certas vezes lhe apressando.
   Uns não enxergam nem o ser ao lado, vendo aquele ser como um objeto que atrapalha o seu caminho. Tão fixados em seus mundos imundos preocupados com uma certa sequência de quatro números que já nem têm capacidade de enxergar além da barreira a frente que atrapalha o caminho.
   Pobres infelizes, não conseguem nem se quer ver a cor do céu. Se pudessem olhar para cima veriam a imensidão azul, sendo fundo para tantos prédios altos, alguns cinza, outros sustentando uma cor desbotada.
   Essa é a minha cidade, cheia, na verdade abarrotada de pessoas que não sabem amar, pessoas que não sabem ver alem das telinhas. O ódio já os consome.  Ascenda meu cigarro, por favor. Lhe oferecerei um trago se parar para observar o céu comigo. Vejo seres cinzas, sem muita cor, sem vida, consumidos pela cidade.
   Cidade minha, gosto tanto de ti. Mas não entendo, porque consome as pessoas assim?

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A tristeza toma conta do meu ser
Transformando-me na minha própria melancolia
Profunda e intensamente me consome
Me dizem para procurar ajuda
Meus caro, não quero uma pílula que force minha felicidade

domingo, 21 de setembro de 2014

Contos de Maria Antonieta.


Começarei me apresentando, meu nome é Maria Antonieta, me conhecera mais ao longo de minha história.
Moro em uma parte um tanto afastada da cidade, gosto da calmaria. Sou dona de uma loja de livros, que fica na cidade mais próxima da minha casa, é um local do interior, que cultiva costumes antigos e a vida simples e agradável.
Na minha loja de livros já vi muitas coisas, algumas tanto quanto diferentes, outras fascinantes. Lá as pessoas encontram todo tipo de livro que lhes agradam, antigos, usados, novos, alguns carregando um p pouco da história de outro alguém, levando uma dedicatória em sua primeira folha.
A história que venho lhes contar é a de um garotinho diferente. Certa vez, em uma tarde de primavera, era sabão, um dia agradável, tempo fresco, eu colocara um xale por cima dos ombros, a loja estava vazia e eu estava no conforto da minha grande poltrona de couro, que fica no fundo da loja de frente com a porta de entrada, acompanhada pelo livro que eu havia escolhido para aquela tarde, Madame Bovary
Eu já esperava que nenhum cliente ou apreciador adentrasse a loja naquele dia, quando de repente, ao início da tarde, um garotinho que aparentava ter oito anos abriu a porta, entrando com um olhar curioso. Ele vestia botinas marrons, pouco lameadas, um casaco bege que não lhe cobria os pulsos, uma camisa branca de dois botões por baixo, uma calça de camurça de cor pouco mais clara que as botinas que calçava e, por fim, um chapéu preto, que tirara ao entrar.
- Posso lhe ajudar meu jovem? – perguntei colocando meu livro de lado.
Ele caminhou lentamente até mim, olhando atentamente para as prateleiras ao lado.
- Cansei de não aprender e de não saber nada! Quero um livro que me ensine algo, algo que eu possa mostrar que sei. – disse ele em tom serio, como se falasse de um assunto de extrema importância.
A principio sorri para aquele garotinho, agora mais perto pude ver que suas bochechas eram rosadas e tinha sardas, o cabelo dele era ruivo, olhos verdes e grandes que me encaravam esperando que eu dissesse algo.
- Pois bem, o que queres aprender?
Ele fez uma pausa, olhou para os lados como se fosse encontrar a resposta no ar.
- Não sei ao certo. – após completar a frase ele voltou a me encarar, agora seu olhar deixava claro que estava desapontado com ele mesmo.
- Então temos um grande trabalho a fazer, por sorte você veio ao local certo. – disse eu, com intuito de animá-lo.
Aquelas bochechas rosa agora estavam vermelhas e a boca do garoto esboçava um sorriso. Levantei da poltrona e fui à direção da prateleira do fundo da loja, logo ao lado de onde eu estava.
- Que livro e esse que a senhora estava lendo? É sobre o que? – disse me acompanhando e olhando para trás para ver a capa do livro que deixei sobre a mesinha ao lado de minha poltrona.
- Madame Bovary, é um romance. Queres aprender algo sobre romances?
Ele parara em frente ao início da prateleira e olhava fixamente para os livros, parecia estar fazendo uma análise minuciosa.
- O que tenho para aprender sobre romances? Não temos que aprender nada sobre uma coisa dessas, devemos apenas viver um romance. – me respondeu sem interromper sua análise.
A resposta daquele ruivinho me deixara abismada. Ele estava certo, um romance é apenas para ser vivido, mas eu adoro uma boa história de romance.
Após alguns instantes peguei um livro infantil da prateleira, era um sobre animais, com muitas figuras.
- Não quero um livro com figuras de animais, se eu quiser ver animais basta sair em meu quintal. – falou logo ao abrir o livro.
Coloquei aquele de volta no lugar, dei mais alguns passos a diante para sair da seção infantil, aquele garoto certamente era muito esperto notava-se logo ao olhá-lo. Antes que eu escolhesse o próximo livro o jovem me alertou:
Me de um livro que eu possa aprender algo, uma coisa que eu não vejo e que ainda não sei como funciona. 
Logo que ele disse aquilo pensei em algo e me pus a procurar um livro sobre aviões, naquela cidade não havia aeroporto nem mesmo um grande fazendeiro com um helicóptero. Os agricultores eram apenas do comercio local.
Entreguei-lhe o livro, ele o reprovou com o olhar, ficou olhando fixamente para o objeto que tinha em mãos.
Também não quero um livro sobre aviões, não me tem utilidade já que não pretendo voar. Para onde eu iria?
A resposta dele me fez sorrir.
Oras, mas pode ir para qualquer lugar que você queira. Visitar outros países e ver outras culturas. - tentei lhe mostrar que aquilo poderia ser interessante.
Não quero ir a outro lugar. Não entenderei o que estão falando se eu for para outro país e a minha casa fica aqui. - ele falava com muita firmeza.
Conformei-me. Ele era muito opinioso. Fui passando a mão nos livros.
Tem livros sobre casas, sobre geografia, sobre música…- fui interrompida ao falar este ultimo tema.
Mas a música é para ser ouvida, não lida. - parecia confuso com aquela ideia.
A música também pode ser lida, muitas canções são poesias e as notas que os músicos tocam são escritas.
Disso eu não sabia.
Quer um livro sobre música? - pensei ter encontrado o que aquela criança desejava.
- Eu não sabia, agora que me disseste já sei. Não tenho intenção de ser músico, não tem necessidade de aprender mais. Prefiro o cantar dos pássaros.
Voltei a falar-lhe os temas, talvez assim achássemos.
Algumas coisas sobre somos, maquinas, comportamento, idiomas, sobre o mar, culinária… - me interrompera de novo.
É isso!! - dizia cheio de felicidade.
Quer aprender sobre culinária? - perguntei meio sem entender.
Não! A outra coisa. Aquilo que disse antes. - ele parecia impaciente.
Ah sim, o Mar. - me virei para pegar os livros.
Sim! - a animação não saia daqueles grandes olhos verdes.
Peguei quatro livros.
Só um basta. - alertou-me.
Escolha qual livro quer. - ofereci os livros os esticando para ele pegar.
Ele por um momento alternou olhares para mim e para os livros que eu segurava de braços estendidos. 
Todos me parecem bons, ainda não sei sobre isso, escolha você.
Fiquei feliz com aquilo e escolhi um dos quatro livros. O entreguei ao menino, que se sentou no chão, no lugar onde estava.
Não quer se sentar na poltrona? É mais confortável. - sugeri ao ver que ele se preparava para ler ali mesmo.
Aqui está bom. - ele já estava lendo a primeira página e continuou sua tarefa.
Como eu poderia imaginar que ele se interessaria em ler algo sobre o mar? Ele havia me dito que queria algo que não sabia. Não há mar em nossa cidade, apenas um pequeno lago.
Sentei-me de novo na poltrona, tomei meu livro, voltei a lê-lo. De vez em quando olhava para o menina que ficara lá imóvel. Se movimentando apenas para virar a página. Estava totalmente compenetrado na leitura.
O livro que ele estava lendo era de leitura fácil, então em pouco tempo ele estava no final, leu rápido para alguém da idade dele. Mas eu sabia, ele não era igual aos outros da mesma idade.
Quando acabou o livro levantou-se e veio até mim.
E então aprendeu o que queria? - perguntei-lhe pegando o livro que ele me estendia.
O bastante. - respondeu apenas isso e parecia bem satisfeito.
Você me disse que deveria ser algo que pudesse usar. Para que vai usar esse conhecimento sobre o mar?
Para completar meus sonhos e entender as histórias em que ele aparece.
Agora eu entendera o porque ele quis aprender sobre o mar. Era um garoto que gostava de histórias.
Tens vontade de ver o mar?
- Não, agora que sei sobre ele não tem necessidade.
Quando eu pensei que havia compreendido o jovem percebo estar ainda mais equivocada sobre ele.
Quer aprender mais algo?
Não, agora não quero não.
Tenho livros sobre filosofia. - gostei da presença dele e quis mante-lo ali para que pudesse entende-lo.
Filosofia? Falar o que da filosofia? - ele não parecia interessado no tema proposto.
Sim, filosofar sobre a vida, cada filosofo fala sobre algo e um modo.
Para que? Já vivo a minha vida e desse jeito está bom. Não quero outra vida. Se quiser saber a opinião de uma pessoa sobre a vida prefiro perguntar a alguém que conheço. - o olhar dele era sério.
Tudo bem então. - conformei-me.
Ele olhou em volta e depois para a porta, começava a escurecer, provavelmente o sol estava quase no fim do seu pôr.
Eu já vou - ele colocou seu chapéu - gostei da tarde. - completou.
- Também apreciei a tarde. - acenei para ele com a cabeça;
Ele foi até a porta e lá parou para acenar para mim.
Volte mais vezes!
Quando eu precisar aprender mais eu voltarei. - disse por fim e saiu.
Após a saída do jovem me pus a sorrir. Fechei a loja pouco depois.
Eu gostava muito de ir de bicicleta para a minha casa, a estrada era de terra e minha casa ficava no meio do terreno, que deixava uma boa distância até a entrada. Pelo resto do dia fiquei pensando o quão intrigante era aquele menino. Ainda uma criança, mas de personalidade tão forte e tão decidido.
Outro dia já havia começado e o sol já raiva iluminando meu quarto. Era domingo e eu não abriria a loja. Uma manha clara e agradável com uma leve brisa. Dediquei a primeira hora do dia para preparar meu dejejum. Comi minhas torradas na varandas.
Ao cair da tarde decidi caminhar no campo. Depois de algum tempo vi a figura de um garoto ao longe sentado numa pedra na beira do vale, parecia o jovem que me encantara no dia anterior. Resolvi ir até ele.
Quando cheguei perto o garoto se virou, era exatamente quem eu achei que era, ele sorriu para mim.
Olá. - disse ele muito simpático.
Boa tarde.
Ele estava com a mesma roupa do dia anterior. Foi um pouco para o lado para que eu sentasse junto a ele, me sentei, ele olhava fixamente para a frente, o sol estava quase iniciando o seu pôr.
O que fazes aqui? - perguntei-lhe.
Estou aprendendo. - respondeu sem tirar os olhos do horizonte.
Aprendendo sobre o que? - perguntei, mesmo já sabendo a resposta.
Aprendendo sobre o pôr do sol. Quero saber o porque dele ser tão belo.
Eu ri ao ouvi-lo dizer aquilo, ele parou de olhar para aquela paisagem magnífica para olhar para mim.
O que? O que de engraçado? - ele realmente parecia não ver nada errado.
 Nada. Deixe que o sol se ponha.
Ficamos ali até o final do pôr e ele observando tudo atentamente. As vezes olhava para os lados para ver até onde o crepúsculo pintava o céu. Quando acabou olhei para o garotinho e ele tinha uma expressão muito pensativa.
E então?
Não foi do jeito que pensei. Mas agora sei que quando algo é belo e magnífico demais não se deve questionar as suas razões. - me respondeu em tom de seriedade.
Fiquei mais uma vez sem reação diante da fala daquele menino. A pouco eu achei graça do pensamento dele, por querer saber o porque de uma coisa simplesmente inquestionável, mas por fim ele achou a resposta. Aquele garoto me agradava.
Não tens de ir para casa? - perguntei, mas não obtive resposta. Ele permaneceu como estava, só depois de um tempo me olhou.
- Você parece saber o porque do pôr do sol ser mais belo que o nascer do sol, diga-me o que pensa sobre isso. - ele me fitava com um olhar curioso.
- Porque ao nascer sabemos que o sol estará lá pelo resto do dia, mas quando ele se põe sentimos sua falta apesar da bela companhia da lua. - foi o que eu sempre pensei sobre o pôr do sol, então foi a explicação mais sincera que pude dar a ele.
- Faz sentido. - ele olhou em volta e em seguida se levantou. - Tenho que ir.
Tome cuidado, jovem. - disse me levantando.
Sim. Foi bom ter te encontrado. Até mais. - ele deu um belo sorriso.
Até mais, boa noite.
Ele saiu andando calmamente na direção oposta a minha. Caminhei de volta para casa e preparei o jantar.
Passado uma semana, o garoto não havia voltado a minha loja, nem mesmo o vi pelas redondezas, mas por te-lo encontrado naquele final de semana prendi uma coisa muito importante. Aprendi que devemos questionar tudo uma vez, porque assim damos mais valor aquilo. E que as coisas talvez mais cotidianas, como o pôr do sol, pode ser a que merece mais atenção.

Se um dia o garoto voltar a me visitar lhes contarei o que ele me ensinará.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Folhas do outono

Eu em constante fluxo, milhões de idéias loucas.
Explorando as calamidade eminente, são poucas
As maneiras antigas aposentadas, usamos outras.
              As vantagens são avaliadas abertamente.

Me envolvo em um pensamento que já não é meu.
Saber que tudo ficou codificado, ninguém entendeu.
Abrir a janela e ver, nem um sinal do sol apareceu.
                            Nuvens se projetam juntamente.


Talvez sejamos todos seres altamente malditos.
Contando histórias relembrando o que foi dito.
Ninguém é mais capaz de dar um bom veredito
                                 Tudo visto tão insamente.

Correndo no meu quintal sem rumo nem ideal
As folhas caindo em volta, beleza sem igual.
O vento com as folhas numa comunhão leal.
                        Sem controle vejo claramente.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Tema da semana: Dor

 Uma sala branca sem vida, vida nenhuma. Um lugar gélido onde a frieza aumenta devido aos móveis metálicos.
 Um pano branco esticado sobre a mesa metálica. Ondulado devido ao corpo de baixo dele, nu. Em contato coma mesa de metal, mas não se importa, pois o próprio corpo está completamente gélido e estático.
 A luz no canto da grande sala pisca para ajuda no clima. Fazendo ainda um barulho elétrico para quebrar o silêncio. As cortinas de plástico balançam anunciando a entrada de alguém no local.
 O pano branco é levantado vagarosamente e com delicadeza. Revelando apenas o rosto pálido que harmoniza com a clareza do quarto. Pálido de uma incrível serenidade, quase esboçando um sorriso calmo.
 Volta para de baixo do pano branco na mesma velocidade que saiu. Agora há outro som no ambiente, é baixo, calmo e quase imperceptível. Um lamento.

Voltando a postar.

olá.

Estou voltando a postar aqui, textos poemas e talvez histórias.
Cada semana um tema diferente com postagens novas, podendo também sair do tema.

isso é tudo pessoal.

Enjoy
Polly