sábado, 20 de junho de 2015

Uma manhã cinza de São Paulo

Uma manhã cinza de São Paulo
Eu esperava o trem surgir da neblina, como se esperasse o teu sorriso largo surgir em meio a fumaça.
Depois de tanto tempo meu amor, anos se passaram e aquele sentimento... Passou o trem
Mesmo com meu ceticismo fiz de ti minha dádiva sem questionar.
Mostrei ao universo que a cor dos teus olhos deviria ser a mesma de um planeta.
Fiz de mim outro alguém para não ter que em segurar em tanto orgulho.
A minha ampulheta coloquei deitada, pois nos disseram que o amor é pra sempre.
Éramos tão jovens, éramos uma imensidão, como aquela que você representou.
Minha paixão pela imensidão azul se esvaiu, você se esvaiu de sua face.
Seria besteira voltar? Chega o trem e tenho de embarcar. As portas fecham e me vou.

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